KOLO55 é a mais recente transmissão de Paul Ritch, sem ornamentos e com carga máxima. Focado num funk maquinal de alta velocidade e na pressão galopante das baixas frequências, o projeto troca o lustro pela aventura, transformando cada set numa operação underground. O groove não é apenas rápido, é balístico, ligado aos circuitos mais instintivos do techno.
A nostalgia dá lugar à reconstrução. A crueza da 909 é recalibrada, loops disco injectados em ângulos inclinados, e a síncope funciona como uma válvula prestes a explodir. Recentemente, o output de KOLO55 carrega uma energia entre o brutalismo, a distopia pós-industrial e o techno psicadélico.
Com o lançamento de ‘Onyx’ e uma série de EPs incendiários na sua editora homónima, KOLO55 é menos um nome e mais um termo operacional. As pistas não são aquecidas, são colocadas sob tensão.
A dança? Uma resposta ao stress. E o sistema? A aguentar-se.